segunda-feira, 27 de julho de 2015

Espaço Entrevistas | Luís Canhoto, treinador do Alcaçovense

A entrevista que se segue é com o atual treinador do Alcaçovense, Luís Canhoto. Desde já o meu agradecimento ao Luís. Um bem-haja e muita sorte nesta sua nova aventura por terras Alcaçovenses.

Futebol Distrital - Que clube treina atualmente?
Luís Canhoto – Sport Clube Alcaçovense

FD – Para esta nova época quais são os objetivos da sua atual equipa?
LC – O Sport Clube Alcaçovense, é um clube com boas condições físicas para poder estar no maior escalão de futebol do nosso Distrito, pelo menos as nossas ambições passam essencialmente por colocar o clube nesse patamar competitivo. Sabemos que o plantel é criado quase de raiz onde irão entrar 15 elementos num plantel de 23, e teremos muito trabalho pela frente, acreditando sempre que será possível.

FD - Como iniciou a sua carreira no futebol?
LC – A minha ligação ao futebol vem desde bem cedo, idade de Juvenis, iniciando no Calipolense. Depois foram vários os clubes que percorri enquanto jogador, que a nível amador, quer mesmo como profissional (15 anos). Se refere a minha carreira como treinador, curiosamente também a iniciei em Vila Viçosa, onde treinava e coordenava os escalões mais novos do clube (Calipolense). Enquanto treinador de séniores, a primeira experiencia ocorreu em Borba, através do convite pessoal de um amigo (Libério Passanhas), clube este que me ofereceu a oportunidade de treinar pela primeira vez um plantel sénior.

FD - De todos os clubes por onde passou, qual foi o que he deu mais prestígio? E porquê?
LC – Enquanto treinador, e porque a carreira não é muito longa, não tenho duvidas nenhumas que o clube que me deu mais prazer treinar foi sem duvida alguma, o Sport Clube Borbense. Talvez por ter sido o primeiro.

FD - E já teve algum desentendimento com algum jogador? E como o resolveu?
LC – Penso que desentendimentos acontecem em todas as áreas de trabalho, e se eles aconteceram, não lhes dei demasiada importância, pois acredito que os jogadores não aceitam sempre as decisões dos treinadores, mas que devem ser os próprios treinadores a demonstrar ao jogador que o colético se sobrepõe ao individual.

FD - Como treinador, de certeza que concorda que se deve apostar no futebol juvenil. Na sua opinião, compensa no futebol atual?
LC – Essa é uma questão complexa. Respondendo apenas em relação ao contexto em que nos situamos atualmente, o Distrito de Évora. Sem duviva que o futebol tem que passar essencialmente pela formação e o grande esforço dos clubes deve ser canalizado essencialmente para essas categorias. Serão essas categorias que irão fornecer ao próprio clube os alicerces para um futuro em termos de futebol sénior. Todo o clube que não tenha uma organização forte na formação, terá cada vez mais, e daqui para a frente, dificuldades em conseguir jogadores.

FD - No futebol, as opiniões diferem-se. O que é para si, um jogador ideal?
LC – O jogador ideal é todo aquele jogador que jamais se pretende sobrepor ao grupo. É aquele jogador que procura trabalhar bem durante a semana, ser o mais competente possível, ser o mais competitivo possível, ser responsável, e ter um espirito ganhador enorme, ser inteligente, e nunca perder a humildade de estar sempre a aprender, em cada dia da sua carreira.

FD - A sua filosofia, os seus métodos, em que se baseiam? Na formação e no treino do plantel; na criação de um plantel à sua imagem, que segue os seus métodos; ou na prática do futebol livre, com liberdade para cada jogador jogar ao seu estilo, mas focado no seu modelo de jogo?
LC – Já fui acusado de ser demasiado profissional – algo que me elevou o ego. Tenho a noção que sou muito exigente, pois tento ser enquanto treinador, aquilo que fui enquanto jogador… Ganhar muitas mais vezes do que perder. Em relação ao meu trabalho, gosto de definir o modelo de jogo, consoante a imagem, e ideia do clube que estou a treinar. Para mim, todo o jogador deve de entrar dentro do jogo coletivo, onde existirão princípios gerais de equipa bem definidos, sem nunca deixar que os jogadores possam descaraterizar a sua forma de jogar.

FD – Num futuro próximo, quais são as suas ambições enquanto treinador?

LC – As ambições são iguais às de muitos outros treinadores, tentar chegar o mais longe possível, ter oportunidades de trabalhar em clubes profissionais, pois acredito que esse dia chegará, e que me permitirá alargar horizontes. “Às vezes tudo o que precisamos, é apenas uma chance!”

Sem comentários:

Enviar um comentário