Titulos:
Campeão
Distrital - 2000/01
2006/07
2008/09
2014/15
Taça
Évora - 2000/01
Supertaça
de Évora - 2000/01
Campeão
Nacional da 3ª divisão série F em 2012/13
Futebol
Distrital – Jorge, antes de mais um muito obrigado por aceitares o meu convite
para este “desafio” das entrevistas. Fala-me um pouco de ti?
JR
– Antes de mais
gostaria de agradecer o convite, pelo qual me sinto muito honrado e é com
enorme prazer que aceito este desafio. Falar de nós próprios nunca é fácil, mas
creio que sou uma pessoa perfeitamente normal com 34 anos, casado e pai babado
de uma menina linda, sou Alentejano “com muito orgulho”, além da paixão que
tenho pelo futebol, gosto de estar com a minha família, e como hobbies os meus
preferidos são o cinema e a leitura.
FD
– Como inicias-te a tua carreira no futebol?
JR – A paixão pelo futebol vem desde
que comecei a gatinhar, e sempre andei acompanhado de uma bola, o que fazia a
vida negra às minhas avós, visto conseguir partir a maioria dos vasos no
quintal, portanto sempre que podia estava a “jogar à bola”, tive também a sorte
de ter um irmão com quem podia jogar constantemente. Em termos federativos
iniciei-me no Grupo União Sport (União de Montemor) aos 10 anos de idade,
fazendo aí toda a formação até chegar ao escalão de seniores, clube pelo qual
fiz o primeiro jogo oficial de seniores com 17 anos.
FD
– Depois de seres campeão pelo Juv. Évora, qual foi o motivo que te fez
regressar ao União?
JR – O primeiro motivo que me fez
regressar, foi muito honestamente a minha família, pois com filhos as
prioridades mudam e a época no Juventude apesar de ter corrido extremamente bem
e de nunca ter cometido uma falta a um treino ou concentração, não foi fácil
conciliar, pois a minha mulher trabalha fora de Montemor e houve semanas
esgotantes, e como eu entendo que dentro de um campeonato não profissional,
deveremos tentar ser o mais profissionais possíveis, creio que não me podia
comprometer num campeonato onde estamos muito tempo ausentes e longe da
família, esse terá sido o principal motivo, sendo que depois há todo um lado
emocional e afectivo com o União, afinal fiz 22/23 anos consecutivos com aquele
emblema e nunca escondi que era o meu clube do coração, o clube de que sempre
gostei e pelo qual nutro um grande carinho, era muito difícil dizer que não ao
União…
FD
– Como te sentes cada vez que pisas o relvado do 1º de Maio?
JR – É curiosa a pergunta, pois até
estou com alguma ansiedade, positiva claro, de voltar a jogar no velhinho 1º de
Maio, já tentei imaginar como será regressar aquela que foi muitos anos a minha
segunda casa, mas respondendo à pergunta directamente, pisar aquele relvado é
uma grande honra, é caminhar por um local com mais de cem anos de muita
história, que acima de tudo deve ser respeitada.
FD
– Quais são os teus principais objetivos para esta nova temporada?
JR – O União pela sua história
quando está inserido num campeonato de nível do distrito terá obrigatoriamente
de lutar sempre para os lugares cimeiros, nem os sócios permitiriam que assim
não fosse, mas a realidade do clube hoje também é outra e depara-se com
inúmeras dificuldades financeiras, sendo que o principal objectivo será o
reequilíbrio das contas do clube, mas tentando fazer uma equipa competitiva com
a grande maioria de jogadores oriundos da formação e que estavam em outros
clubes, a nível pessoal os objectivos são os de sempre, a ambição é sempre
renovada a cada época, e a ambição não tem a ver com o facto de jogares num
nível mais elevado ou menos elevado, quem é ambicioso é-o sempre e em qualquer
lugar, seja a jogar, treinar ou até a brincar, ser o mais profissional
possível, ajudando e colaborando com o União naquilo que estiver ao meu
alcance.
FD
– Para ti, qual é o momento mais marcante na tua carreira?
JR – Há vários momentos que poderia
enumerar, tantos e tão saborosos, bem como outros mais amargos. Mas creio que a
manutenção conseguida no estádio do Quarteirense, no último jogo em que era
obrigatório ganhar, com autocarros a seguirem de Montemor para nos apoiar,
chegarmos a Montemor às duas da manhã e estarem centenas de adeptos à nossa
espera para festejarmos o que seria impensável ou também “o jogo do título” com
o Estrela de Vendas Novas, com o 1º de Maio com mais de 2000 pessoas, foram
momentos arrepiantes. Mas haveria tantos que poderia enumerar, sinal de que a
idade já vai avançada J
FD
– De todos os títulos que já conquistas-te qual teve aquele gostinho especial?
JR – Creio que todos sem excepção,
porque todos deram imenso trabalho, trabalho de meses inteiros de sacrifício,
cansaço, superação, mas se tivesse de destacar um diria que o da época de
2008/2009, porque envolveu como referi atrás um jogo muito especial com o
Estrela de Vendas Novas, e é impossível apagar da memória o 1º de Maio
completamente cheio.
FD
– Todos dizem que o União será candidato ao título, sentes por isso algum tipo
de pressão extra?
JR – É perfeitamente normal que as
pessoas digam que o União é candidato, pois é o clube que vem do CNS, pela sua
história será sempre um candidato nesta divisão de elite, embora no meu
entender haja equipas com os recursos que o União não tem neste momento, eu
acredito que não há pressão, eu não sinto pressão, o que sinto é uma enorme
responsabilidade por vestir a camisola do União e por representar um clube com
tanto historial.
FD
– Chega a um União totalmente renovado, uma equipa com um misto de experiencia
e juventude isso será benéfico para o clube?
JR – Creio que neste momento a
aposta é a correta, visto a direcção ter feito regressar muitos jogadores da
sua formação, até porque no futuro isso será essencial, e sim, de facto temos
neste momento no plantel um misto de jogadores com experiência e jovens
jogadores há procura de afirmação, e quem sai beneficiado será sempre o União.
FD
– Quem é a tua “inspiração” para que domingo pós domingo faças grandes
exibições e marques tantos golos, sendo tu um médio centro?
JR – Como todos nós que gostamos de
futebol eu também tenho os jogadores que me fazem gostar ainda mais deste
desporto, sendo que o Zidane foi sempre o meu preferido, o Maldini o grande
exemplo e depois admirava muito o Lampard, pela capacidade de trabalho e … de
fazer golos.
FD
– Jorge um grande abraço e obrigado por disponibilizares um pouco do teu tempo.
Gostava que deixasses uma palavrinha aos nossos leitores?
JR – Eu é que tenho de agradecer,
por permitires que falasse um pouco de futebol e que recordasse algumas coisas
que já aconteceram na minha carreira, e como foi bom recordar. Aos leitores do
Futebol Distrital gostaria de deixar uma palavra de apreço e consideração e um
muito obrigado por promoverem o futebol do nosso distrito, continuem a
acompanhar o blog e o próximo campeonato da divisão de elite.
Ao Luís Silvério um muito obrigado
mais uma vez e os parabéns pelo sucesso do Blog. Saudações desportivas a todos.
Luís continuas em grande, obrigado por não desistires do nosso distrital
ResponderEliminarGrande entrevista a um atleta com uma brilhante carreira recheada de títulos. Parabéns
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